Ulrich Zwinglio nasceu em Wildhaus, Sant Gallen na Suíça (cantão do leste suíço) no dia 01 de janeiro de 1484, tornou-se o mais proeminente reformador do seu país nos primórdios do Protestantismo.
A reforma religiosa que já se iniciava na Alemanha, também frutificava na cidade de Zurique, capital Suíça, através de um jovem sacerdote católico, musicista, pároco, capelão, professor, escritor, humanista bíblico, teólogo, escritor, mestre em artes, poliglota e por fim pastor protestante chamado Ulrich Zwinglio (ou Huldrich Zwingli).
Um exemplo de alguém que em tenra idade percorreu o caminho dos estudos com grande apreço e jamais permitiu que experiências espirituais estimulassem desprezo aos exercícios em busca da intelectualidade, contudo, preservava a piedade em prol da Igreja como “um todo”, abordando seu coletivo como “a comunidade dos salvos”, foi este o ponto que o destacou de todos os demais reformadores, que primaram por um ensino do crescimento na individualidade.
No ano 1519, ele foi expulso da Igreja Romana pelos seus posicionamentos teológicos e pregações apologéticas, dentre as quais se destacaram adversamente ao sistema de venda indulgências, ao celibato dos sacerdotes romanos, ao asceticismo (penitencias e sacrifícios na missa), além da idolatria aos mártires da igreja, da salvação meritória, da existência do purgatório, da intercessão dos santos e da obrigatoriedade dos votos monásticos.
O jovem reformador ainda foi mais longe em sua defesa pelo evangelho, pois, combateu veementemente pensamentos luteranos, e mais tarde calvinistas, sobre a consubstanciação do pão e vinho na ceia e a adoração mariana, ambas defendidas por tais reformadores.
Temos no movimento protestante o “grito inicial” com Lutero e suas 95 teses pregadas na porta da igreja do castelo de Wittenberg na Alemanha, no dia 31 de outubro de 1517. Mas temos com Zwinglio pontos que se tornaram determinantes na Reforma a partir de suas defesas teológicas com os seus 67 artigos, onde ministrava que a Bíblia contém o ensino necessário para a salvação (Sola Scriptura), e também a ênfase máxima que Jesus é o único senhor e líder da igreja (Solus Christus) e que a salvação é operada por uma fé salvífica (Sola Fide).
A reforma suíça que fora marcada pela abundante quantidade de assertivas sobre a verdade que geraram diversas doutrinas com alvos confessionais, defensores da fé (apologéticos) e didáticos estava fadada ao isolacionismo após a morte de seu líder no ano de 1531 (no dia 11 de outubro), mas o Senhor de toda a história já havia traçado o caminho para o progresso e consequente sucesso da reforma protestante. A semente cultivada por Ulrich Zwinglio fora regada por João Calvino anos mais tarde e os ramos desta árvore frutífera se espalharia até os confins da terra.
Segundo a tradição protestante Zwinglio foi esquartejado e suas partes lançadas na fogueira, cena que repetir-se-ia nas décadas e séculos vindouros, enfileirando um rol de mártires desta reforma que protestava por uma mudança. As suas últimas palavras vem como inspiração para nossa fé e ânimo para nossa perseverança em Cristo: “Eles podem até matar o meu corpo, mas jamais matarão a minha alma.”
Por: Joel Nascimento
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