Policarpo foi discípulo do Apostolo João, e bispo na cidade de Esmirna. Em sua velhice foi preso pelos romanos, e morreu heroicamente como mártir. Temos registros de cartas dele enviadas às comunidades vizinhas e a alguns irmãos, em particular, para ensinar e admoestar. Algumas destas cartas temos preservadas até hoje, como por exemplo a carta de Policarpo aos Filipenses.
Ele nasceu numa família cristã, rica e nobre, no ano 69 d.C, em Esmirna. E teve o grande privilégio de receber instrução do próprio apóstolo João, que mais tarde o nomeou bispo de Esmirna (cidade da Ásia Menor) onde pastoreou por 40 anos.
Aos 86 anos Policarpo foi preso e levado diante do procônsul, que por sua vez pretendia convencê-lo negar a Cristo. Este dia está registrado em um documento que tem a data de 23 de fevereiro de 155.
Durante o julgamento, quando o governador lhe disse: “Jura e te soltarei; maldiz a Cristo“, Policarpo respondeu: “Oitenta e sei anos venho servindo-o e nenhum mal me fez. Como posso blasfemar contra meu rei, que me salvou?“. Policarpo também não aceitou jurar em nome de César. O procônsul então ameaçou com feras dizendo: ‘Tenho feras. A elas te lançarei se não mudas tua posição.” Contudo Policarpo respondeu que não é possível mudar de posição saindo do melhor para o pior.
O procônsul insistiu e então ameaçou com fogueira dizendo: “…farei com que o fogo te dome se desprezas as feras“. Policarpo respondeu: “Ameaças com um fogo que arde algum tempo, mas depois de um pouco se apaga. E ignoras o fogo do juízo futuro e do castigo eterno, reservado aos ímpios.”
Policarpo foi condenado a morte, e então fez a seguinte oração:
‘Pai de teu amado e bendito Filho Jesus Cristo, por quem recebemos o conhecimento acerca de ti, Deus dos anjos, das potestades, de toda a criação e de toda a raça dos justos que vivem em tua presença: Bendigo-te porque me julgaste digno deste dia e desta hora, para ter parte, entre o número dos mártires, no cálice de teu Cristo para ressurreição na vida eterna, tanto da alma como do corpo, na integridade do Espírito Santo.
Oxalá seja eu recebido em tua presença hoje, com eles, em sacrifício pio e aceitável!, segundo preparaste de antemão, como de antemão o manifestaste e o cumpriste, ó Deus sem mentira e verdadeiro!
Por esta razão, e por todas as coisas, te louvo, te bendigo, te glorifico, por meio do eterno e sumo sacerdote Jesus Cristo, teu Filho amado, pelo qual seja a glória a ti, com Ele no Espírito Santo, agora e nos séculos vindouros. Amém.’
Oxalá seja eu recebido em tua presença hoje, com eles, em sacrifício pio e aceitável!, segundo preparaste de antemão, como de antemão o manifestaste e o cumpriste, ó Deus sem mentira e verdadeiro!
Por esta razão, e por todas as coisas, te louvo, te bendigo, te glorifico, por meio do eterno e sumo sacerdote Jesus Cristo, teu Filho amado, pelo qual seja a glória a ti, com Ele no Espírito Santo, agora e nos séculos vindouros. Amém.’
Por: Ricardo Moreira Braz do Nascimento
Referências Bibliográficas
González, Justo L. - História Ilustrada do Cristianismo. A Era dos Mártires Até a Era Inconclusa - Vida Nova; Edição: 2ª 2011 Cairns, Earle E - Cristianismo Através dos Séculos. Uma História da Igreja Cristã. Vida Nova; Edição: 3ª 2008 São Policarpo - Bispo da Igreja primitiva, Disponível em <https://santo.cancaonova.com/santo/sao-policarpo-bispo-da-igreja-primitiva/> acessado em 24/10/19 Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini. São Policarpo – bispo e mártir (memória). Disponível em <https://www.paulus.com.br/portal/santo/sao-policarpo-bispo-e-martir-memoria> acessado em 24/10/19 Aquino, Felipe. O Martírio de São Policarpo (†155). Disponível em <https://cleofas.com.br/o-martirio-de-sao-policarpo-%E2%80%A0155/> acessado em 24/10/19. Eusébio de Cesareia. História Eclesiástica, Livro IV, XV. Documento 10. Citado por: Alexandre Brandão em <http://historiaebiblia.blogspot.com/2010/05/normal-0-21-false-false-false_24.html> acessado em 24/10/19
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