Essa palavra portuguesa passou pelo grego, derivado do hebraico, hosha’na. Hosha significa “salvar”; e “na” que significa “rogar , “orar”. Por tanto, temos aí uma exclamação ou invocação, dirigida a Deus: “Ó, salva-nos”; ou então: “Ó, salva agora”.
Seria um pedido de assistência divina, um exemplo da aplicação desta palavra está no Salmos 118:25. Posteriormente, porém, veio a tornar-se uma jubilosa exclamação, cujo intuito é louvar a Deus.
Em Marcos 11:9,10 e seus paralelos em Lucas e Mateus, é uma exclamação usada dessa maneira. Talvez pudéssemos dizer que o povo de Israel desejava que o Filho de Davi fosse preservado e se firmasse em sua missão. Mais provavelmente ainda, seria apenas uma exclamação de júbilo, acolhimento e honra, sem qualquer alusão ao seu sentido original.
Essa exclamação fazia parte da festa dos Tabernáculos. O sétimo dia dessa festividade veio a ser conhecido como o Grande Hosana, ou Dia de Hosana. Essa festa era celebrada no mês correspondente ao nosso setembro, imediatamente antes do começo do ano civil. O povo levava palmas, murtas, etc.
Nestes dias eles repetiam os versículos 25 e 26 do Salmo 118, que começam com a palavra Hosana. Quando essa palavra era proferida, todos sacudiam os ramos que traziam nas mãos. Foi em face desse detalhe que a festa veio a ser chamada, alternativamente, de Hosana. As mesmas coisas eram observadas na festa de Encaenia, ou festa da reconsagração do templo de Jerusalém, instituída por Judas Macabeus (I Macabeus 10:6,7; II Macabeus 13:51 – Livro Apócrifo). Clamores de Hosana e o sacudir de palmas e ramos também faziam parte dessa festa, como expressão de júbilo.
Para os cristãos, essas palavras são melhor conhecidas por causa de sua associação com a entrada triunfal de Cristo, em Jerusalém. As pessoas, estando acostumadas a expressar sua alegria dessa maneira, fácil e naturalmente transferem os mesmos atos quando querem saudar a Jesus, sem qualquer referência àquela festa religiosa. Isso acontecia espontaneamente, nas festas religiosas.
Fonte: O Antigo Testamento Interpretado. R. N Champlin
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