A circuncisão era uma cerimônia religiosa em que é cortada a pele, chamada prepúcio, que cobre a ponta do órgão sexual masculino. Os meninos israelitas eram circuncidados no oitavo dia após o seu nascimento, como sinal da aliança que Deus fez com o povo de Israel. A circuncisão também era praticada por outros povos antigos. Em algumas passagens a circuncisão quer dizer uma nova natureza, que é livre do poder da natureza pecadora e é obediente a Deus (Romanos 2.29; Colossenses 2.11; Filipenses 3.3).
O ritual da circuncisão com Abraão (Gn 17) quando a aliança entre ele e Deus foi firmada e expressada no sinal da circuncisão. A aliança opera segundo o princípio de que a família está espiritualmente unida com seu cabeça (Gn 17.7, 26). Ela simbolizava a difícil exigência de obediência e com promisso que Deus faz aos que chama para si. A circuncisão integrou-se ao sistema religioso inaugurado por Moisés em associação com a Páscoa (Êx 12.44) e aparentemente continuou ao longo do Antigo Testamento (Jr 9-25s.).
Era um aspecto básico do judaísmo do Novo Testamento e tornou-se causa de controvérsias na igreja primitiva. Paulo enfatizou que sem a obediência exigida pela circuncisão (Dt 10.16) ela se tom a “incircuncisão” (Rm 2.25). O sinal externo é insignificante comparado com a realidade da obediência aos mandamentos (1 Co 7.18), mas embora os cristãos não precisem mais desse sinal, necessitam do significado implícito que ele expressa (Cl 2.11).
Paulo muitas vezes repreende os judeus por terem abandonado sua ligação inicial com a fé de Abraão, antes equiparando-a à lei de Moisés (Gl 5.2; Rm 4.11). Para o s cristãos, que são “a verdadeira circuncisão” , a imposição do sinal agora obsoleto é equivalente à mutilação pagã do corpo (Fp 3.2).
Apesar de toda relevância veterotestamentária da circuncisão, entendemos que em Cristo todo ritual (ou cerimônia) foi finalizado. Cremos a partir do Novo Testamento que sacrifício do cordeiro (do Antigo Testamento) foi substituído pelo sacrifício de Cristo na cruz, assim como a circuncisão foi substituída pelo bastimo do crente em virtude da conversão. Assim como a obediência a Deus e a seus princípios, assim como a conversão genuína e pratica com sinceridade tem valor diante de Deus, quanto os rituais externos não possuem nenhum valor nos dias de hoje.
Por: Ricardo Moreira Braz do Nascimento
Referências
Dicionário de Vocábulos, Editora SBB
Dicionário da Bíblico Vida Nova. Editora Vida Nova
Café & Teologia 
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