No Antigo Testamento, em linhas gerais, se trata de um insulto à honra de Deus, que acarretava pena de morte (Levítico 24.10). E também é o nome que se dá à linguagem perversa contra Deus, como podemos ver (por exemplo) em Salmos 73.10-18; Isaías 3.5; Apocalipse 16.9, 11 e 21.
A lei mosaica punia com a morte este pecado, Levítico 24.16 é um exemplo. Nabote foi acusado falsamente de blasfêmia, 1 Reis 21.10-13. Estêvão em Atos 6.11 e Jesus Cristo em Mateus 9.3; 26.65-66; João 10.36.
A blasfêmia contra o Espírito Santo, consistia em atribuir os milagres de Cristo à influência de Satanás, veja em Mateus 12:22-32; Marcos 3:22-30. Em geral, era cometido por pagãos, como em 2 Reis 19-22, e a idolatria de Israel era encarada como cometer a blasfêmia dos pagãos (veja Isaías 65.7).
Em Lucas 10:16 também se faz referência ao insulto proferido (ou dirigido) a Deus em cujo nome eles falam. Em Marcos 3:28, por exemplo, a palavra também é empregada em referência à linguagem caluniosa dirigida às pessoas, sendo melhor traduzir por “calúnia” ou “abuso”, falta séria porque as pessoas são feitas à imagem de Deus (Tiago 3:9).
Marcos 3:29 fala de “blasfemar contra o Espírito Santo”, pecado que jamais pode ser perdoado, esta é uma rejeição persistente e deliberada ao chamado do Espírito à salvação por meio de Cristo. O arrependimento já não é possível para quem esteja em tão profunda situação, que não possa reconhecer o próprio pecado.
Por: Ricardo Moreira Braz do Nascimento
Referências Bibliográficas
DAVIDS, Jhon D. Dicionário da Bíblia. Juerp 13 Edição WILLIAMS, Derek. Dicionário Bíblico Vida Nova. Editora Vida Nova. São Paulo 2000.
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